quinta-feira, 11 de junho de 2009

A gangrena

A gangrena

Em plano térreo, humanos perambulam
Tal como num universo orgânico
Seres helmintos se cumulam
Dignos de iguais opulências

Em suas sórdidas deficiências, ululam
Alegremente, num antro pestial
No ápice grotesco, se acogulam
Disseminando seu fedor imperial

E reina suprema, a gangrena de gaia
Ergue-se absoluta, num só vertigem
Faz lamentar a natureza, antes virgem

E jorra seu escarro em emanação
Outrora límpidos campos horizonte,
Uma intratável lamentação